João Batista
é um sujeito realmente enigmático. Ele possuía uma personalidade marcante
merecendo realmente o título que recebeu: profeta. Mateus 3,1-12 fala sobre
João Batista no desempenhar de sua pregação. Ele pregava dizendo
“arrependei-vos, pois, o Reino do Céu está próximo” (2), tinha como missão
preparar o caminho do Senhor (3), e suas roupas (4) lembravam o profeta Elias
(2Rs 1,8). De fato, estava previsto que Elias viria, “antes que chegasse o dia
de iahweh” (Ml 3, 23), João Batista, portanto, cumpre tal profecia.
João Batista
foi um autêntico profeta que, assim como os demais profetas do Senhor, foi
perseguido pelo povo de israel. É importante ressaltar que os doutores da lei
possuíam o conhecimento das escrituras do antigo testamento, inclusive esta
citada acima, assim como as demais que previam a vinda do Salvador. Eles viviam
uma certa expectativa da vindo do messias, pois quando ocorreu a visita dos
magos (Mt 2.6) eles souberam dizer que o messias nasceria em Belém. Porém,
mesmo diante das claras profecias, eles terminaram por matar João Batista e
Jesus.
Estes mesmos
fariseus e saduceus se vangloriavam por serem descendentes de Abraão,
personagem importante do antigo testamento que foi o primeiro patriarca do povo
de Israel, no qual Deus abençoou com uma posteridade tão numerosa quanto as
estrelas do céu (Gn 15,5-6), e o seu nome significa “pai de muitos povos”.
João surpreende-nos
quando, no versículo 9, diz aos fariseus e saduceus: “não penseis que basta
dizer: ‘temos por pai Abraão’. Pois eu vos digo que mesmo destas pedras Deus
pode suscitar filhos a Abraão”. Pode-se dizer que hoje muitas pessoas têm
pensamentos semelhantes aos dos fariseus e saduceus, afinal, quantas vezes
ouvimos: “Eu vou a missa todo domingo minha parte já está feita”, ou então,
“tenho fé, rezo para Deus em casa, isto basta”. Será que basta mesmo?
É pelo fruto
que se conhece a árvore, é pelas obras que se conheça a pessoa! Assim, não pode
uma árvore má produzir bons frutos. Logo, não podemos nos considerar árvores
boas se não produzimos bons frutos pois é pelos frutos que a conhecereis (Mt 7,
16-20). Não é coerente nos considerarmos cristãos e não vivermos conforme viveu
Jesus Cristo, já que Ele é o padrão moral para nossas ações, então precisamos
nos espelhar Nele para cumprir a vontade de Deus.
É ilógico
crermos que é possível ser um cristão apenas de fé, pois a própria revelação
escrita no qual se baseia a fé (bíblia) diz sobre nossas obrigações para com o
próximo, sobre como deve ser nossos comportamentos perante as situações da
vida. Não é possível crer em Jesus Cristo sem se comprometer com os deveres que
Ele deixou.
As grandes
obras que podemos fazer estão nas coisas simples, mas que afetam enormemente a
vida do nosso próximo: as obras de misericórdia! Dar pão a quem tem fome, de
beber a quem tem sede, visitar os enfermos, dar bons conselhos a quem precisa,
consolar os tristes, são algumas das grandes obras que devemos fazer em nosso
dia a dia, e assim trazer mais consolo ao nosso irmão.
Diante do mal
exemplo dos fariseus e saduceus aprendemos que não basta ser filhos de abraão
nem ter fé em Jesus Cristo, é necessário que coloquemos nossa mão na massa e amemos
ao próximo como a nós mesmos (Mc 12, 31), pois a fé sem obras é morta! (Tg 2,
20)
Muito bom esse estudo, como aprendi.
ResponderExcluirGostei muito das colocações contextualizada com o nosso dia a dia.
ResponderExcluirPara mim ficou bem esclarecido o verso em que eu tinha dúvidas .